A história do Psychobilly no Brasil por Marcio Tadeu
Leia a entrevista com Marcio Tadeu, ex integrante d'Os Cervejas e autor do livro "Terapia com Sequela" que conta a história do Psychobilly no Brasil
01/09/2015 21:58
| Atualizado há 1 ano atrás

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Márcio Tadeu a frente dos Cervejas no Route 66, em Curitiba |
Às vésperas do lançamento do livro "Terapia com Sequela", que irá contar a história do Psychobilly em Curitiba e noutros cantos do Brasil, tive uma breve conversa com Marcio Tadeu (Os Cervejas), lendária figura do cenário psycho da capital paranaense, que nos contou que está muito feliz com o resultado final da obra que promete ser uma referência ao estilo e uma homenagem a todos os envolvidos direta ou indiretamente no aparecimento e desenvolvimento do Psychobilly no país. "Minha expectativa quanto à carreira do livro é boa. O público a que
ele foi destinado, o do psychobilly, me parece que vai consumir e se
identificar com o material, além de conhecer bandas e pessoas que
fizeram o psychobilly acontecer não só em curitiba como no Brasil e
alguns países."
Mesmo sem o apoio de uma editora, o livro será lançado de forma independente no dia 06/09 no Lino's Bar, no show de comemoração de 35 anos do bar que é o berço de várias bandas em Curitiba. (veja detalhes sobre este show aqui) "Eu comecei a escrever em 2007. Terminei ano passado. Desde então, fui atrás de uma editora ou iniciativa através da qual eu
pudesse lançar o livro. Não houve sucesso. Resolvi eu mesmo bancar e as
vendas bancarem as edições seguintes."
Há algum tempo atrás, no Jamaican Office, blog pessoal de Márcio Tadeu, foi postado um breve resumo dos capítulos do livro:
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A primeira unidade de "Terapia com Sequela" |
Psycho around the world - A origem do estilo no mundo e um panorama
atual, também há depoimentos de psychos lendários como Jeroen Hammers e
Kim Nekroman;
ABC - Onde tudo começou no Brasil, os primeiros anos e a influência
nacional que perpetuou, depoimentos de músicos como Hulkabilly e George
G;
São Paulo - Os shows, as casas, as pessoas e bandas que formaram aquele
segundo momento do Psycho nacional, mais depoimentos de bastante gente
do passado e do presente, como Luiz Teddy e Niki Nixon;
Rio de Janeiro - o tamanho da sombra da Grande Trepada no Psycho carioca e adjacências;
Londrina - Cidade irmã de Psychobilly com Curitiba, bandas, pessoas,
festivais e outras histórias, tudo junto a depoimentos dos grandes da
cena londrinense;
Belo Horizonte - A influência do Baratas Tontas e todo movimento da capital mineira, fortíssima na Surf Music também;
Rockabilly/Surf Music - Os dois estilos sempre tiveram excelentes
representantes nacionais. aqui no livro estabeleço uma travessia desde o
primeiro tempo até o arrojo e empreendimento das bandas atuais como
Beach Comber, Gasolines e The Mullet Monster Mafia - só para citar a
Surf Music, assim como depoimentos e toda a cena curitibana;
Ska - o Ska sempre esteve ao redor do Psycho em curitiba apesar de sua
autonomia notória. Aqui tem toda essa participação e depoimentos
politizados de Sérgio Soffiatti, Nelson Milesi e Bruno Lancellotti;
Curitiba - o Capítulo que vai explicar o por quê de toda esta história.
são anos e anos de shows, casas, pessoas, ações, histórias e muito
Psychobilly desde que Os Missionários deram o tiro inicial até fenômenos
recentes como As Diabatz, Sick Sick Sinners, Hillbilly Rawhide e O
Lendário Chucrobillyman, sedimentando uma cena que foi transformada com o
aparecimento dos Catalépticos.
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Magoo produzindo a arte da capa de Terapia com Sequela |
O responsável pela capa do Terapia com Sequela, como não poderia ser diferente, foi o Magoo, que infelizmente nos deixou, vítima de um atropelamento no bairro do Ahú, em Curitiba, em abril deste ano. Assim sendo, o livro passa a ser uma homenagem a esta figura que sempre esteve presente no Psychobilly curitibano, ilustrando as capas dos discos, os flyers, as logos das bandas durante muito tempo.
Marcio, em entrevista ao site "Bandeide" em agosto deste ano, afirmou que "Os principais motivos que me levaram a escrever foram a conservação da
memória, o mapeamento de um sistema dentro da cidade. Quanto ao que eu
espero de reação das pessoas, eu já mirava um público ideal desde o
começo. Há os interessados, e muitos estão em Curitiba mesmo, então foi
quase uma coisa para nós da cidade, mas sei que alguns que moram em
outros centros ou até outros países vão querer um exemplar. Então acho
que vai rolar o livro ir se pagando enquanto houver interesse e curtir a
realização essa obra, que foi muito importante para mim. Além do contexto geral e do Psychobilly em si, sou apaixonado pela
bizarria e blasfêmias que estão no som. É uma homenagem ao psychobilly
que me permitiu passar alguns dos momentos mais bacanas da minha vida e
conhecer pessoas mais bacanas ainda."
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A arte inicial da capa feita por Magoo |
O lançamento das memórias de Marcio Tadeu nos leva a crer que o livro realmente será um sucesso e que aqueles que se interessam pelo Psychobilly tem a obrigação de ter. Fica a dica do Psychobilly Brasil aos psychos de todas as gerações.
Aos interessados que não conseguirem adquirir o livro no lançamento, podem entrar em contato com o autor no e-mail: marciotgouvea@gmail.com ou pelo seu perfil no Facebook.
Stay Psycho!
Aos interessados que não conseguirem adquirir o livro no lançamento, podem entrar em contato com o autor no e-mail: marciotgouvea@gmail.com ou pelo seu perfil no Facebook.
Stay Psycho!
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